Animado, mas com um pé atrás
Assim ficou Luís Carlos Guedes Pinto, diretor-geral de seguro rural e habitacional do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, depois da confirmação de que, se depender do Ministério da Agricultura, o volume de recursos destinados pelo governo federal ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) mais do que dobrará em 2013.
Como já informou o Valor, na proposta enviada pelo ministério para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013 estão previstos R$ 400 milhões ao PSR, 213,6% mais que o inicialmente programado para 2012 (R$ 127,5 milhões) e quase 130% acima do valor efetivamente garantido ao programa este ano (R$ 174 milhões), depois de aprovada uma suplementação em meio à forte demanda influenciada pela estiagem que afetou a produção de soja e milho do país na safra 2011/12.
Era essa mesmo a expectativa de Guedes Pinto, mas a cautela do executivo, ex-ministro da Agricultura no governo Lula, decorre do fato de que os recursos destinados ao seguro rural estarem entre as "rubricas contingenciáveis" pelo governo e poderem ser reduzidos caso o governo considere necessário. Se não forem, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre certamente terá fôlego extra para avançar no segmento.
Hoje, a participação do grupo na área de seguro rural chega a 70%, e, mesmo com a venda da carteira que pertencia à Mapfre por imposição das autoridades antitruste, a fatia ainda será de cerca de 60%. "Avança o processo de tomada de consciência do setor em relação à importância do seguro. E o governo sabe que é mais barato se antecipar a eventuais adversidades do que indenizar os produtores depois", afirma Guedes Pinto.
O ex-ministro considera normal a grande participação do grupo no segmento, uma vez que o Banco do Brasil é responsável por mais de 60% dos desembolsos de crédito rural no país e a aproximação entre as duas pontas - crédito e seguro - é inevitável. Mas ele lembra que isso não significa que outros bancos e empresas não tenham total liberdade para operar em ambas as frentes.
Nesse contexto, o BB/Mapfre espera, além de ampliar os prêmios nesta safra 2012/13 - no ciclo 2011/12 foram R$ 210 em prêmios arrecadados e R$ 240 milhões pagos em indenizações -, avançar com apólices diferenciadas. Aqui, o principal foco é o "seguro faturamento" lançado na temporada passada para a soja. A ferramenta permite ao produtor "proteger" o preço de venda da produção, enquanto as apólices tradicionais são voltadas principalmente para o custeio da safra. "Na prática, é a garantia de uma renda mínima. Para viabilizar esse novo seguro, fazemos hedge no mercado futuro", afirma Guedes Pinto.
Além dessa novidade, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre também continua a desenvolver um produto especial para o milho, cujas perspectivas de plantio no país são favoráveis nos próximos anos, e pretende explorar melhor também os mercados de arroz, feijão e frutas. Na área de hortifrutícolas, a ideia é desenvolver algo semelhante ao seguro de preço da soja. Para que esses planos cheguem fortes ao mercado, porém, o executivo pondera que os recursos destinados ao programa federal de subvenção têm de aumentar de maneira estável.
Atualmente, os subsídios do PSR para as principais culturas variam de 50% (soja, milho de verão, por exemplo) a 70% (trigo e milho safrinha). Além do apoio federal, há subsídios estaduais para alguns produtos em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. E já há iniciativas municipais como a de Itatiba (SP), com subsídios específicos para a contratação de seguros para a produção de frutas. As taxas cobradas pelas seguradoras variam de 4% a 12%, a depender do produto e da região. Com a evolução do mercado, a tendência é de queda.
Como já informou o Valor, na proposta enviada pelo ministério para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013 estão previstos R$ 400 milhões ao PSR, 213,6% mais que o inicialmente programado para 2012 (R$ 127,5 milhões) e quase 130% acima do valor efetivamente garantido ao programa este ano (R$ 174 milhões), depois de aprovada uma suplementação em meio à forte demanda influenciada pela estiagem que afetou a produção de soja e milho do país na safra 2011/12.
Era essa mesmo a expectativa de Guedes Pinto, mas a cautela do executivo, ex-ministro da Agricultura no governo Lula, decorre do fato de que os recursos destinados ao seguro rural estarem entre as "rubricas contingenciáveis" pelo governo e poderem ser reduzidos caso o governo considere necessário. Se não forem, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre certamente terá fôlego extra para avançar no segmento.
Hoje, a participação do grupo na área de seguro rural chega a 70%, e, mesmo com a venda da carteira que pertencia à Mapfre por imposição das autoridades antitruste, a fatia ainda será de cerca de 60%. "Avança o processo de tomada de consciência do setor em relação à importância do seguro. E o governo sabe que é mais barato se antecipar a eventuais adversidades do que indenizar os produtores depois", afirma Guedes Pinto.
O ex-ministro considera normal a grande participação do grupo no segmento, uma vez que o Banco do Brasil é responsável por mais de 60% dos desembolsos de crédito rural no país e a aproximação entre as duas pontas - crédito e seguro - é inevitável. Mas ele lembra que isso não significa que outros bancos e empresas não tenham total liberdade para operar em ambas as frentes.
Nesse contexto, o BB/Mapfre espera, além de ampliar os prêmios nesta safra 2012/13 - no ciclo 2011/12 foram R$ 210 em prêmios arrecadados e R$ 240 milhões pagos em indenizações -, avançar com apólices diferenciadas. Aqui, o principal foco é o "seguro faturamento" lançado na temporada passada para a soja. A ferramenta permite ao produtor "proteger" o preço de venda da produção, enquanto as apólices tradicionais são voltadas principalmente para o custeio da safra. "Na prática, é a garantia de uma renda mínima. Para viabilizar esse novo seguro, fazemos hedge no mercado futuro", afirma Guedes Pinto.
Além dessa novidade, o Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre também continua a desenvolver um produto especial para o milho, cujas perspectivas de plantio no país são favoráveis nos próximos anos, e pretende explorar melhor também os mercados de arroz, feijão e frutas. Na área de hortifrutícolas, a ideia é desenvolver algo semelhante ao seguro de preço da soja. Para que esses planos cheguem fortes ao mercado, porém, o executivo pondera que os recursos destinados ao programa federal de subvenção têm de aumentar de maneira estável.
Atualmente, os subsídios do PSR para as principais culturas variam de 50% (soja, milho de verão, por exemplo) a 70% (trigo e milho safrinha). Além do apoio federal, há subsídios estaduais para alguns produtos em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. E já há iniciativas municipais como a de Itatiba (SP), com subsídios específicos para a contratação de seguros para a produção de frutas. As taxas cobradas pelas seguradoras variam de 4% a 12%, a depender do produto e da região. Com a evolução do mercado, a tendência é de queda.
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