Foto:
J.C Castro/Canal Rural
Apesar dos baixos preços em 2013 as exportações cresceram 10%
O café
atingiu o menor preço nos últimos cinco anos em 2013. Depois que o
governo federal anunciou o leilão para compra de três milhões de sacas, o
setor começou a reagir. Mesmo com previsões de que a crise mundial
envolvendo a produção de café se estenda até 2015, especialistas estão
otimistas para a próxima safra. O tema foi discutido em um seminário
promovido pelo Conselho Nacional do Café nesta quinta, dia 19, em
Brasília.
Esta
semana, a saca de 60 quilos do café arábica foi cotada a R$ 275 e a do
robusta a R$ 220. Mesmo com a pequena melhora, os preços continuam
abaixo do custo de produção, que gira em torno de R$ 350. Segundo o
secretário de Produção e Agroenergia (Spae), do Ministério da
Agricultura, João Alberto Paixão Lages, o momento é de otimismo e
recuperação para o setor.
– É um preço pouco abaixo do que se espera sobretudo no café arábica,
mas como eu disse vem demonstrando algumas reações. Temos tido nos
últimos dias uma pequena melhora. A tendência é de aumento nas cotações –
projeta.
– É possível até que os preços cheguem ao nível dos leilões de opção e
que o café nem precise ser entregue para o governo. É o suficiente, e
acho que para o próximo ano, nós não precisamos de grandes medidas e que
devagar o mercado se recupera por si só – avalia o analista de mercado,
Luiz Otavio Araripe.
Apesar dos baixos preços em 2013 as exportações cresceram 10%,
saltando de 28 milhões de sacas de café para 31 milhões. Para 2014, a
expectativa é de que o volume seja ainda maior e que novos mercados
sejam abertos.
– A Índia tem uma população enorme e não tem produção suficiente. O
Brasil ainda não exporta para a Índia, mas muito em breve esse seja um
mercado para se conquistar. O Brasil, depois de uma tendência secular de
perder mercado de café, nos últimos dez anos nos recuperou e, hoje, nós
representamos 32% da produção mundial – salienta Araripe.
O endividamento dos produtores, que cresceu no último ano, também foi
discutido. Para os produtores, a resolução do Banco Central que
permite a prorrogação das dividas por cinco anos, com pagamento a partir
de julho de 2014, não é suficiente.
Veja a entrevista do Presidente da Assul Arnaldo Bottrel Reis no programa do Canal Rural no Seminário " Rumos da Política Cafeeira no Brasil " em Brasília 18 e 19 de Dezembro de 2013
Publicação Canal Rural 19/12/2013 e adaptação assessoria comunicação da Assul
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