quinta-feira, 4 de julho de 2013

ACORDA CAFEICULTURA LEVA CERCA DE 1,5 MIL PESSOAS AO MOVIMENTO


Marcial Ramos
Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha, Arnaldo Bottrel Reis apoiando a manifestação ''Acorda Cafeicultura"em Três Pontas MG

Marcial Ramos



O balanço do movimento “Acorda Cafeicultura”, promovido em Três Pontas nesta manhã de quinta-feira (04), alcançou seus objetivos mobilizando produtores e trabalhadores rurais que desde as primeiras horas do dia, fecharam todas as entradas e saídas da cidade. Veículos, máquinas, tratores e caminhões, muitos carregados de palha de café, ficaram atravessados na pista.


Os pontos de maior movimento foram na MG 167, nos trevos para Varginha e Santana da Vargem. Porém, para Campos Gerais, Carmo da Cachoeira e nas estradas vicinais nos bairros Cidade Jardim e nos Quatis, na saída para a Usina Boa Vista o trânsito ficou interrompido. A cidade literalmente parou. O comércio não aderiu ao movimento, apesar da orientação da Associação Comercial que também esteve engajada no movimento, dos estabelecimentos fecharem as portas.

A paralisação seguiu o horário previsto e às 5 horas da manhã, já está tudo fechado. Algumas pessoas tentaram furar o bloqueio, mas, não conseguiram. Os primeiros ônibus da empresa que faz o transporte intermunicipal pararam no trevo por alguns minutos e retornaram à rodoviária.

Um enorme esquema de segurança foi montado para garantir tranquilidade a manifestação dos produtores e o controle do trânsito, tanto no perímetro urbano como nas rodovias e estradas. Trabalharam Polícia Militar, de Três Pontas e Varginha, Policia Militar Rodoviária Estadual e do Meio Ambiente.

O dia ainda não havia amanhecido e os manifestantes queimaram pneus e palha de café. Tudo aconteceu de forma pacífica e acompanhado pela polícia que não precisou intervir.

A fila ficou grande e os motoristas precisaram de paciência, até a liberação das pistas que ocorreu por volta de 8:30 da manhã. A partir deste horário, os grupos começaram a limpar as vias e um caminhão pipa da prefeitura foi utilizado para apagar a fumaça bastante escura.

Por volta de 10 da manhã todos se encontram e reuniram na Praça Cônego Victor. Quando populares chegaram encontraram um enorme número de veículos utilizados nas propriedades em frente a igreja Matriz Nossa Senhora D’Ajuda.

Professores das escolas estaduais – Jacy Junqueira Gazola, Cônego José Maria e Deputado Teodósio Bandeira também participaram em apoio e divulgaram a paralisação nestes estabelecimentos educacionais nesta quinta-feira.

Com faixas e nariz de palhaço, produtores ouviram o Hino Nacional e em seguida a manifestação de alguns líderes do movimento.

Após a leitura da pauta de reivindicações, em carreata eles seguiram fazendo muito barulho pelas Praças Cônego Victor, Tristão Nogueira, Américo Miari e Nossa Senhora D’Ajuda.


Acorda Cafeicultura

O movimento acompanha a onda nacional de protestos e demonstra a insatisfação. A manifestação tenta sensibilizar a sociedade e os governantes sobre tal situação difícil em que a cafeicultura se encontra e que se não mudar, pode ameaçar cerca de 8 milhões de empregos diretos e indiretos. Em pleno período de colheita os produtores estão enfrentando dificuldades para arcar com os altos custos da mão de obra para a colheita, que no geral chega a representar 40% do custo total do café. Os baixos preços do café, que são os menores recebidos em 4 anos. A saca do café que em 2011 valia R$500 hoje vale R$250.

As principais reivindicações do setor são a garantia de preço mínimo remunerador, a viabilização da liquidação da dívida setorial pelo sistema equivalência-produto e o programa de Opção Pública para obtenção de cotações que gerem renda ao produtor. Com o atendimento por parte do Governo Federal, haverá a garantia de produção e, consequentemente, dos empregos.

O setor produtor da cafeicultura nacional, vivencia, há anos, uma situação complicada: a falta de renda da produção de café arábica brasileiro e o consequente endividamento da atividade, o custo da produção devido aos aumentos excessivos dos insumos e as adversidades climáticas são os principais problemas enfrentados.

O movimento “Acorda Cafeicultura” entende que uma mobilização social é uma garantia democrática, mas, defenda que seja realizada de maneira a garantir a segurança dos envolvidos, pacífica e tranquila.


Evento termina sem registro de ocorrência

O evento terminou sem o registro de ocorrências policiais, segundo o comandante da Companhia de Polícia Militar Tenente Bruno Neves. As reuniões que aconteceram desde o fim de semana para estabelecer estratégias para garantir a segurança dos manifestantes e dos usuários da via, garantiram um protesto pacífico, ordeiro e tranquilo. Foram aproximadamente 80 policiais empenhados no “Acorda Cafeicultura”. Uma viatura do Corpo dos Bombeiros ficou de plantão no Quartel da PM, mas não precisou ser usada. A Polícia Militar estima que cerca de 1,5 mil pessoas participaram de todos a movimentação, desde o início da manhã.




Fonte: Equipe Positiva (Denis Pereira)

CCCMG

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