sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Pesquisas desenvolvem plantas tolerantes a seca a partir da biotecnologia



Pesquisas desenvolvem plantas tolerantes a seca a partir da biotecnologia
pior seca já registrada nos Estados Unidos está dizimando plantações e fazendo o preço da soja e do milho disparar. Na Região Sul do Brasil, a estiagem quebrou cerca de 10% da safra de grãos colhida neste ano. Dentro de cinco a dez anos, os efeitos da falta de chuvas sobre a agricultura poderá ser menor, com o desenvolvimento de plantas tolerantes à seca.
No Brasil, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) já faz pesquisas para criar variedades de cana-de-açúcarsojamilhoarroz e trigo que resistam a períodos mais prolongados sem água. O método que está sendo utilizado é a biotecnologia. Os pesquisadores isolaram um gene relacionado à tolerância à seca e vão introduzi-lo nas plantas comerciais por meio da engenharia genética. “Introduzimos esse gene em plantas modelo e elas se tornaram altamente tolerantes à seca. As plantas não modificadas sobreviveram apenas 15 dias sem água enquanto que as plantas que receberam o gene sobreviveram mais de 40 dias”, diz o pesquisador Eduardo Romano, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
Além da Embrapa, outros institutos de pesquisa e empresas privadas no mundo estão tentando criar plantas geneticamente modificadas para serem resistentes à seca. Não é para menos. Neste ano, os Estados Unidosdevem perder cerca de 100 milhões de toneladas de milho para a falta de água – mais milho do que o Brasil produz em um ano.
As lavouras geneticamente modificadas (ou transgênicas) já são amplamente cultivadas no mundo, inclusive no Brasil, mas não com resistência à seca. As principais características dessas plantas transgênicas usadas no mundo são a tolerância a herbicidas e a resistência a insetos. Nos últimos anos, variedades que combinam esses dois benefícios também foram lançadas.
Na safra 2012/2013, que será plantada neste segundo semestre, a área total com sementes transgênicas no Brasil deverá atingir 36,6 milhões de hectares, uma alta de 12,3% sobre a safra passada, segundo levantamento da consultoria Céleres. Na soja, 88,1% da área plantada usará variedades geneticamente modificadas. No milho, os transgênicos devem ocupar 87,8% da área plantada no inverno e 62,6% da área de verão. Já no caso do algodão, a Céleres calcula a taxa de adoção da biotecnologia em 50,1%.
Embora as variedades transgênicas já plantadas diminuam as perdas, as sementes com o gene da tolerância à seca elevariam os benefícios da biotecnologia para um novo patamar. Romano, da Embrapa, afirma que os resultados são promissores, mas que a obtenção de variedades comerciais só serão obtidas no médio prazo. “Agora estamos introduzindo o gene da tolerância à seca nas culturas comerciais e, se tudo der certo, a estimativa de lançamento dessas variedades é para 2017”, prevê o pesquisador.
Além de diminuir a vulnerabilidade das lavouras à falta de chuvas, a tecnologia da Embrapa também poderá trazer impactos ambientais positivos. “Nosso foco é a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente, como por exemplo, o uso racional da água”, explica o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, José Gerardo Fontelles.

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