
No período que abrange desde o Natal de 2013 até o dia 24 de janeiro de
2014, o CaféPoint lançou a seguinte enquete aos seus leitores: 'Quais serão os principais desafios para a cafeicultura nacional em 2014?'. Assim como vem ocorrendo há dois anos, a Mão de Obra despontou como a maior preocupação dos cafeicultores brasileiros.
A
pesquisa contou com a participação de 9 regiões produtoras. Diante dos
diversos temas de grande relevância ao setor, a enquete abriu a opção de
3 respostas por participante.
A Mão de Obra esteve presente nos
votos de 69% dos participantes. Em segundo lugar, entre os principais
desafios da cafeicultura para 2014, ficou Cotações e, em seguida, Gestão
de Custos, com 56,5% e 45,4% respectivamente, mantendo a mesma posição
da pesquisa do ano anterior.
RESULTADO GERAL DA ENQUETE 'DESAFIOS PARA 2014'
O elevado custo da mão de obra
no país é um dos principais entraves à competitividade das empresas.
Este tema preocupa o agronegócio brasileiro, sobretudo em se tratando de
lavouras de uso intensivo de mão de obra, como o café.
De
acordo com o do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio
Vargas (Ibre/FGV), o aumento da renda, proveniente da valorização do
salário mínimo, mudou a estrutura do mercado de trabalho no meio rural.
“Houve uma debandada da mão de obra. Um grupo expressivo está preferindo
ficar em casa a ir para a lavoura". (Saiba mais sobre o assunto).
No
futuro, teremos uma agricultura cada vez mais integrada, exigindo mais
cuidado com questões como o meio ambiente. Dessa forma, a necessidade de
pessoas cada vez mais capacitadas e com uma visão ampla do processo
será crescente.
O presidente da Sociedade Nacional da Agricultura
(SNA), Antonio Alvarenga destaca a necessidade de profissionais de
gestão, como economistas agrícolas. "Hoje o produtor precisa acompanhar o
mercado de commodities, a cotação do dólar, os mercados internacionais e
conhecer logística. Tem que gerir bem a produção, ganhar produtividade,
conhecer técnicas modernas. É um profissional que está sendo muito
demandado e que não existe", diz o presidente. (Saiba mais aqui).
O ano de 2013 foi marcado por sucessiva queda nos preços do café arábica.
Os valores foram pressionados pela oferta elevada, tanto no Brasil
quanto no mundo, o que posicionou as cotações como o segundo maior
desafio para a cafeicultura em 2014.
O cenário de baixa
remuneração neste ano desanimou produtores, já que o fluxo de caixa
ficou comprometido. Houve, assim, redução na renovação de cafezais e nos
tratos culturais. Dessa forma, a produtividade ainda está incerta nas
principais regiões produtoras.
Para que a cafeicultura
brasileira se mantenha competitiva é fundamental que os envolvidos nesta
atividade tenham conhecimentos técnicos necessários e acesso a
informações de qualidade. Dessa forma, além de produzirem mais, terão
condições de tomar decisões melhores, mesmo em épocas de crise.
Sindicato cabo verde
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