A colheita do café arábica está quase na metade, no sul de Minas
Gerais. Por causa da seca do começo do ano, a produtividade está menor e
a qualidade também foi prejudicada.
Na lavoura de Glauco Carvalho, em Três Pontas, metade dos 85 hectares
de café já foi colhida. A produção este ano será menor do que no ano
passado por causa da seca, enquanto em 2013, a lavoura rendeu 3,5 mil
sacas de 60 quilos, agora os números não devem passar de 2 mil.
O produtor se considera um privilegiado porque sua lavoura é plana e o
café pode ser colhido com máquinas, aliviando os custos com mão de obra.
Só um varredor de café substitui 15 empregados, o que representa uma
economia de R$ 18 mil.
Já Eduardo Augusto não tem máquinas. Para agilizar o trabalho na
lavoura, ele alugou uma colheitadeira, que custa R$ 200 por hora, fora o
óleo diesel. Todo o serviço custará cerca de R$ 16 mil no final da
colheita. Acostumado a medir a chuva na própria fazenda, Eduardo olha os
índices pluviométricos com preocupação.
A estiagem também prejudicou a qualidade dos grãos que chegam na
Cooperativa dos Cafeicultores de Três Pontas, a Cocatrel. Na prática é
fácil entender o prejuízo. A saca está mais redonda porque o café
defeituoso está mais leve e é preciso um volume maior de grãos para
atingir os 60 quilos.
A queda na qualidade prejudica o agricultor na hora da venda. O grão de
boa qualidade está saindo por R$ 400, mas muito do que vem sendo
entregue está com mais defeitos do que o normal, o que faz o preço cair
um pouco.
Guilherme Rezende, superintendente da cooperativa, fala sobre os
principais defeitos de qualidade do café e os preços praticados.
G1 - GLOBO RURAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário