sexta-feira, 2 de maio de 2014

CNC cobrará atualização do preço mínimo para café arábica


P1 / Ascom CNC

02/05/2014



BALANÇO SEMANAL — 28/04 a 02/05/2014
- CNC cobrará atualização do preço mínimo para café arábica e liberação dos recursos do Funcafé destinados às linhas de capital de giro.

PREÇO MÍNIMO DO CAFÉ — Na sexta-feira da semana passada, o Governo Federal anunciou um reajuste de 15,48% no preço mínimo do café conilon, que saiu de R$ 156,57 para R$ 180,80 por saca. A medida atendeu pleito da cafeicultura capixaba, junto à Secretaria de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Ministério da Fazenda, que contou com o apoio do Conselho Nacional do Café (CNC). Entendemos que essa elevação era mais que necessária, haja vista que a cotação mínima estava congelada desde 2009, quando havia sido reajustada de R$ 124,40 para R$ 156,57, e que os custos de produção da variedade robusta também apresentaram crescimento, conforme análises da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A solicitação do café conilon foi atendida, no entanto, o Governo ainda precisa honrar seu compromisso com a cafeicultura de arábica. Nas reuniões que o CNC coordenou junto aos Ministérios vinculados ao setor, houve comprometimento na elevação dos preços mínimos de ambas as variedades na mesma proporção. Dessa maneira, reiteramos que seguiremos cobrando os governantes para que a variedade arábica tenha seu preço reajustado, fazendo uma aproximação do valor com o custo real de produção que se encontra defasado.

O atual preço mínimo do arábica é de R$ 307,00 por saca – reajustado no ano passado após congelamento desde 2009, quando equivalia a R$ 261,69 –, bem abaixo dos gastos para se cultivar, haja vista que a tabela de custo médio apresentada à época era de R$ 343,00. Como não houve cumprimento por parte dos Ministérios envolvidos com a correção de preços no arábica, os produtores têm convivido com um endividamento crônico, razão pela qual o CNC continuará trabalhando para que este pleito seja atendido.

FUNCAFÉ 2014 — Também na sexta passada, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu, conforme Resolução BACEN nº 4.325, a distribuição dos valores para as linhas de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Foram destinados até R$ 845 milhões para operações de Custeio; até R$ 1,3 bilhão para Estocagem; até R$ 750 milhões para FAC (aquisição de café); até R$ 10 milhões para Contratos de Opção e Operações em Mercados Futuros; e até R$ 20 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados.

Por outro lado, o Governo deixou de informar a liberação dos recursos para as linhas de financiamento destinadas a capital de giro, previamente aprovada pelo Conselho Deliberativo da Política Cafeeira (CDPC), em 17 de fevereiro de 2014, num total de R$ 1,150 bilhão (R$ 200 milhões para indústrias de café solúvel; R$ 300 milhões para indústrias de torrefação; R$ 400 milhões para cooperativas de produção; e R$ 250 milhões para exportadores). Segundo informações obtidas junto ao Governo, a linha para os exportadores foi transferida para o montante total do FAC.

O CNC sempre defendeu a divulgação e a liberação dos recursos para todas as linhas do Funcafé concomitantemente, haja vista que anúncios parciais criam expectativas desnecessárias nos operadores de mercado, as quais somos totalmente contrários e, por isso, reiteramos a necessidade de informes únicos e em sua totalidade. Por essa razão, entramos em contato com o Ministério da Agricultura, que nos comunicou que os recursos para capital de giro estão mantidos, aprovados e serão divulgados junto com o Plano Safra 2014/2015, motivo pelo qual não foram publicados na Resolução BACEN nº 4.325.

MERCADO — Ainda sob influência do mercado climático, os preços futuros do arábica continuaram apresentando comportamento volátil nesta semana. Com um volume mais fraco de negócios ontem, em função do feriado no Brasil, o vencimento julho do contrato C da ICE Futures US foi cotado a US$ 2,0415. No acumulado da semana, houve perda de 285 pontos, motivada principalmente pela realização de lucros.

Já os preços futuros do robusta na Bolsa de Londres acumularam alta, refletindo a preocupação dos investidores com o aperto entre oferta e demanda mundial, que foi agravada pela notícia de renovação do parque cafeeiro do Vietnã. Ontem, o fechamento do vencimento julho do contrato 409 da Liffe deu-se a US$ 2.173 por tonelada, com valorização de US$ 23 na semana.

A Associação de Café e Cacau do Vietnã (Vicofa, na sigla em inglês) anunciou que o país asiático passará por um processo de longo prazo de substituição de 95 milhões de plantas velhas, o que, combinado com o clima seco, poderá afetar a oferta de café robusta. Tal notícia aumentou a preocupação dos agentes de mercado, que já lidam com as incertezas geradas pelo veranico que atingiu as origens brasileiras no primeiro bimestre do ano.
Nesta semana, os estoques certificados monitorados pela Liffe reverteram as sucessivas quedas apresentadas desde maio de 2013, totalizando 274 mil sacas em 28 de abril. Esse volume representa um aumento de 39 mil sacas em relação ao montante contabilizado no dia 17 do mês passado.
No mercado doméstico, os preços do café arábica apresentaram valorização de 1,3%, com o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrando a quarta-feira a R$ 470,59 por saca. Já o indicador para a variedade conilon variou em torno de R$ 257 por saca entre segunda e quarta-feira, acumulando queda de 1,6% em relação ao final da semana passada.

O dólar comercial manteve a tendência de desvalorização ante o real, que atingiu 0,6% com a cotação de fechamento de R$ 2,23 da quarta-feira. No mês de abril, a moeda americana apresentou queda acumulada de 1,7%, completando o terceiro mês consecutivo de desvalorização.

 

Atenciosamente,

Silas BrasileiroPresidente Executivo do CNC


Conselho Nacional do Café — Assessoria de Comunicação
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Contatos: (61) 3226-2269 / 8114-6632 / 
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