Perto do início da colheita do café, os agricultores de Minas Gerais comemoram, pois finalmente puderam vender as sacas estocadas desde a última safra. O preço reagiu e eles trataram de fazer negócio rapidinho.
O agricultor Luciano Reguim, de Varginha, no sul de Minas Gerais, caminha pela lavoura que vai começar a ser colhida daqui a um mês. Apesar da preocupação com a safra atual, que deve ser menor por causa da seca que afetou os cafezais, ele agora comemora. É que finalmente pode comercializar as sacas do café que foi colhido no ano passado e que estavam guardadas a espera de uma reação nos preços. As últimas 1,2 mil sacas foram vendidas por R$ 450, preço que ele não conseguia há três anos. “Com esse preço, a gente respira mais aliviado, tem condições de honrar com os compromissos e ter uma vida mais digna”, diz.
A saca do café arábica na região fechou o ano custando R$ 279. Com a estiagem, o preço subiu bastante e em março chegou a R$ 500 a saca. O resultado é que quem tinha o produto no estoque aproveitou a oportunidade.
O reflexo está visível nas cooperativas. Na de Varginha, o estoque caiu de 1 milhão para 400 mil sacas.
Para o gerente, a grande procura pelo produto agora, aliada à possibilidade de quebra da produção este ano, poderá causar um problema no futuro. Guilherme Rezende afirma que não adianta o preço da saca estar valorizado se o produtor não tiver o café para vender.
GLOBO RURAL-G1
GLOBO RURAL-G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário