segunda-feira, 31 de março de 2014

SETOR DE CAFÉ VÊ ALTA DE PREÇOS COM CAUTELA



Apesar da forte alta no preço do café nos últimos meses, o clima é de cautela no setor.
O presidente da OIC (Organização Internacional do Café), Robério de Oliveira Silva, afirma que é preciso evitar uma onda de euforia entre os produtores, que viram os preços internacionais subir 58% só neste ano.

Para ele, o mercado está no início de um círculo virtuoso, que será caracterizado por maior equilíbrio entre oferta e demanda. "Mas não é uma bonança."

"É preciso tomar cuidado para não estimular aumento na produção. Precisamos ser realistas, não eufóricos", disse Silva, que esteve ontem em São Paulo para o Global Agribusiness Forum.

Segundo Silva, o consumo mundial continua vigoroso, com taxa de crescimento de 2,5% ao ano, mas é preciso evitar que a oferta cresça a um ritmo superior à demanda.

Na avaliação dele, os preços estão num "patamar aceitável" para remunerar o produtor e incentivar mais investimentos em tratos culturais.

Dessa forma, será possível recompor os estoques mundiais, mas sem provocar o excesso de oferta que, nos últimos anos, levou os preços a um patamar inferior aos custos de produção.
Silva considera um intervalo confortável para o cafeicultor valores entre 1,70 e 2,00 centavos de dólar por libra-peso. Ontem, o primeiro contrato de café fechou a 1,75 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York.

Na Bahia, o ambiente está longe da euforia temida pela OIC. Como o Estado passou por três anos de seca e de prejuízos, João Lopes Araújo, presidente da Assocafé (associação dos produtores de café da Bahia), afirma que os produtores ainda demoram para se recuperar.
Ele diz que a tendência é a retomada dos tratos culturais, como adubação e irrigação, mas que o ambiente ainda não favorece expansões.

"Para que o investimento volte com força, é preciso que os preços retornem ao mesmo nível de 2011", disse o produtor, que chegou a receber R$ 530 por saca de café gourmet na época -hoje, ela é negociada perto de R$ 400.

Para ele, o momento atual revelou grande vulnerabilidade do produtor aos "movimentos especulativos", tanto na alta como na baixa, e é preciso aumentar as ferramentas de apoio ao cafeicultor.

Fonte: Folha de São Paulo 

CCCMG

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