Os negócios com o café arábica na bolsa de Nova Iorque registram cotações em queda na sessão desta quinta-feira (06). Por volta das 11h(Brasília) os contratos com vencimento em maio/2014 operavam a 197,65 centavos de dólar por libra-peso,queda de 475 pontos em relação ao fechamento anterior. Julho/2014 operava a 199,75 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 460 pontos e o vencimento Set/2014 tentando se segurar acima dos 200 centavos de dólar por libra-peso com queda de 470pontos. Um movimento normal de realização de lucros após registrar altas de quase 1700 pontos na sessão anterior, quando o mercado fechou no maior patamar em dois anos.
A estiagem que afeta o cinturão produtor brasileiro segue como fator de impulso. Mas um movimento técnico de realização de lucros pressiona as cotações nesta quinta-feira(06).
No pregão anterior, as cotações acabaram subindo acima de um patamar psicológico de US$ 2,00 a libra-peso, sustentado pelo clima seco e quente, que reduz a produtividade e a qualidade do café no Brasil, continua sustentando os preços.
Segundo o analista Gil Barabach, da Safras e Mercado, mas do que a constatação ou não de chuvas no cinturão produtor , os operadores em Nova Iorque começam a levar em conta também os primeiros números das perdas no Brasil. A importadora norte-americana de café Wolthers Douqué divulgou hoje sua nova estimativa para a safra brasileira, em 47,7 milhões de sacas, abaixo da projeção anterior da empresa que era de 53 milhões. Entre os produtores brasileiros também já existe um consenso em torno dos novos números da produção , cerca de 40 milhões de sacas.
O analista Eduardo Carvalhaes classificou as altas desta sessão de "históricas" e afirma que elas não eram esperadas pelo mercado. “Na verdade, ninguém sabe exatamente onde os preços vão parar. Em algum momento, os investidores comprados vão realizar lucros, mas não sabemos quando”.
No mercado físico, a saca do café bebida dura, tipo 6, foi comercializada a R$ 473,00 em Guaxupé-MG, com alta de 13,16%. Em Poços de Caldas-MG, a alta foi de 7,84% e fechou a R$ 440,00.
Fonte: Notícias Agrícolas
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