quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Governo do Paraná estuda medidas para apoiar cafeicultores Fortes geadas de julho afetaram a produção, que deve gerar prejuízos de R$ 253 milhões aos agricultores no próximo ano


Governo do Estado do Paraná

Foto: Governo do Estado do Paraná
Geada negra afetou as lavouras de café na última semana de julho
O governo do Estado e o governo federal estudam estratégias para socorrer cafeicultores prejudicados pelas fortes geadas do fim de julho. Segundo levantamento da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, haverá redução de pelo menos dois terços do potencial de produção de café na safra 2013/2014.


– Acredito que a manutenção da cafeicultura no Paraná só vai ocorrer se o produtor conseguir acessar tecnologia e para isso ele precisa de linha de crédito mais barata – avaliou o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, que se reuniu na segunda, dia 26, com o secretário nacional da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Valter Bianchini.

Ortiaga defendeu o apoio dos governos federal e estadual à incorporação de tecnologia, com ênfase namecanização da colheita na pequena propriedade, proposta que foi encaminhada pela Câmara Setorial do Café. O produtor estava desestimulado com os baixos preços do café nos últimos 10 anos e enfrenta elevações em seus custos de produção por causa da mão de obra, cada vez mais cara e escassa.

O secretário salientou que a exploração do café nas pequenas propriedades deve estar atrelada a um processo de diversificação, para diluir o risco em casos de perdas por fenômenos climáticos.

Seguro

O diretor do Departamento de Economia Rural (Deral), Francisco Simioni, defendeu a prorrogação de dívidas e liberação de crédito para capital de giro. Outra medida discutida foi sobre a necessidade de adaptação das normas do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), instituído no âmbito do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), para a cultura do café. Segundo Bianchini, que propôs a extensão do Seaf por um período maior, a adequação dessa modalidade de seguro ao ciclo da planta não exige grandes alterações na legislação atual, contudo, é necessário que seja apreciado e votado pelo Conselho Monetário Nacional. 

O presidente da Emater, Rubens Niederheitmann, defende um pacote de medidas com embasamento técnico e apoio financeiro para que o produtor não reduza a área plantada com café. Entre elas, ele apontou a avaliação do Iapar para as regiões onde o cultivo da cultura de café pode sofrer menos com as ocorrências climáticas, a necessidade de manejo de solos e até a irrigação.

Prejuízos em 2014

Segundo o Deral, do volume de café esperado para a safra 2014, de 1,54 milhão de sacas, haverá redução de 62%. A estimativa é de erradicação de cerca de 19% da área cafeeira, o que equivale a 16 mil hectares.

Na avaliação do departamento, a produção de 2014 será reduzida a 582 mil sacas, que provocará prejuízo de R$ 253 milhões aos produtores no próximo ano. As perdas foram intensas em todo o Estado, porém maiores nas regiões Sul e Oeste, onde as geadas foram mais fortes.

O café não é uma das culturas mais expressivas do Paraná em questão de participação no volume de produção nacional. De acordo com o último levantamento da Seab, referente a 2011, o Estado se posicionou como o sexto produtor de café do país, respondendo por 4,16% (110,5 mil toneladas) do total brasileiro, quando a produção foi de 2,6 milhões de toneladas. 

Geada negra

O evento climático que atingiu as culturas agrícolas do Paraná no fim de julho é conhecido como geada negra – um tipo mais nocivo às vegetações em relação à geada branca, que é mais comum. Ela é temida pelos agricultores por congelar a seiva das plantas. Causada por uma associação de muito frio, com temperaturas negativas, e ventos fortes, o fenômeno queima as folhas e resfria o caule das vegetações. A geada branca, por sua vez, compromete apenas a superfície das plantações, causando perdas menos comprometedoras.

– A geada negra acontece quando há um baixo índice de umidade relativa do ar, temperaturas próximas a 0ºC e baixa ou inexistente incidência de chuva. Nesse tipo de ocorrência, a planta fica enegrecida. No inverno, chove pouco no Paraná, e julho deste ano foi um mês mais seco – explica a meteorologista do Instituto Simepar Angela Beatriz Costa.

A geada que atingiu o Sul do país na última semana de julho, durante quatro dias consecutivos, foi considerada a pior desde 2000. A incidência foi generalizada no Paraná e poupou apenas o litoral.

GOVERNO DO PARANÁ
RURALBR AGRICULTURA

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