O ministro da Agricultura, Antônio Andrade (foto: divulgação Mapa),
acredita que o setor cafeeiro será plenamente atendido pelas medidas
que serão anunciadas pelo governo. Serão suficientes, segundo ele, para
evitar pressão de oferta sobre os preços. Entre elas estão preço mínimo
de R$ 340/saca e o escalonamento do vencimento das parcelas dos
financiamentos de estocagem.
Ele
lembra que as dívidas têm vencimento semestral e, como metade das
parcelas vence em abril, pode haver uma pressão maior sobre os preços,
que estão em queda no mercado internacional. A ideia é dividir o
vencimento das parcelas em 12 meses e assim o cafeicultor não seria
obrigado a vender grandes volumes de café para quitar os financiamentos.
Em
relação ao pedido dos cafeicultores de realização de leilões de opções
de venda ao governo a partir de um preço de referência de R$ 380/saca e
compras oficiais para repor estoques de até 9 milhões sacas em três
anos, Antônio Andrade afirmou que, por enquanto, as medidas não serão
necessárias.
O
ministro reconhece que o preço atual de R$ 300/saca não remunera o
custo de produção calculado pela Conab em R$ 336/saca, mas acredita que a
elevação do valor mínimo de garantia contribuirá para dar sustentação
ao mercado. O preço mínimo também serve de referência nos financiamentos
de custeio e estocagem concedidos pelo governo para os cafeicultores.
Andrade
afirmou que o governo não irá conceder crédito para plantio de novos
cafezais e que a prioridade será financiar a melhora nos tratos
culturais para aumentar a produtividade das lavouras, como a renovação
das lavouras e adensamento. O objetivo é produzir cafés de melhor
qualidade, diz ele.
Venilson Ferreira
Agência Estado
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