Considerada uma das maiores lideranças do agronegócio brasileiro, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu falou, nessa segunda-feira (4), para 800 produtores e lideranças rurais do oeste catarinense. “Tenho dito, em defesa da classe produtora, que não dá mais para improvisar. O agronegócio brasileiro precisa de planejamento, investimento e organização para que possa se desenvolver de forma sustentável”, afirmou.
A senadora foi recebida, em Chapecó, pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, e pelo presidente da Cooperativa Agroindustrial Alfa (CooperAlfa), Romeu Bet, organizadores do evento.
A senadora foi recebida, em Chapecó, pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, e pelo presidente da Cooperativa Agroindustrial Alfa (CooperAlfa), Romeu Bet, organizadores do evento.
Na palestra, a presidente da CNA também abordou as ameaças e oportunidades da agricultura e do agronegócio, política agrícola e sustentabilidade do setor primário. Kátia Abreu insistiu na importância da tecnologia para o desenvolvimento do agronegócio e destacou a situação das demarcações de terras indígenas e a regulamentação do Código Florestal Brasileiro.

-“O preconceito que a sociedade brasileira tinha com a agricultura e o agronegócio reduziu-se muito. Graças à imprensa e a divulgação de nossa importância para a economia, a sociedade compreende melhor, hoje, o nosso papel. Somos geradores de superávits na balança comercial, de empregos e de renda para as famílias. A agricultura emprega 15,3 milhões de pessoas que representam 21% do total da mão de obra ocupada no País.”
A senadora enfatizou o extraordinário salto que a agricultura brasileira deu nos últimos 40 anos. Há quatro décadas, o Brasil era um dos maiores importadores de alimentos. Graças a investimentos em tecnologia e em planejamento, o produtor brasileiro deu ao país a condição de segundo maior produtor mundial de comida.
A presidente da CNA lembrou, contudo, que os próprios brasileiros são os grandes consumidores da produção nacional de alimentos e chamou a atenção para a necessidade de geração de excedentes exportáveis: “Com exceção de grãos e carnes, são poucos os setores com capacidade de exportação”.
Kátia Abreu encerrou nesta semana uma viagem de 30 dias à China e ficou impressionada com as possibilidades de cooperação comercial bilateral Brasil-China. Os chineses reclamam que muitas missões comerciais não resultam em negócios porque os empresários brasileiros que visitam a China não dão prosseguimento aos contatos e, efetivamente, não realizam negócios porque estão muito fixados no mercado doméstico. O Brasil é um dos poucos países com capacidade de atender ao imenso mercado asiático, pois, pode ampliar fortemente a base produtiva. Mencionou que a FAO espera que o país aumente em 40% a produção de alimentos até 2050 e que essa meta será alcançada muito antes do prazo.
Depois de realçar a importância da inovação e da tecnologia no futuro da agricultura brasileira, pregou a importância da união do universo agro – a agropecuária, a agroindústria, a logística de transporte e os fabricantes de insumos – para a conquista de infraestrutura. Disse que são necessários maciços investimentos em hidrovias, ferrovias e portos para reduzir os custos de transportes e melhorar a competitividade do produto primário no mercado mundial. Assinalou que além da débil infraestrutura, a má gestão é outro flagelo. No ranking de eficiência em administração de portos entre 150 países, o Brasil fica na, constrangedora, 130a posição.
A presidente da CNA também advertiu para os custos de produção e exemplificou que o leite brasileiro é mais caro que muitos outros países. Há 1,2 milhão de produtores rurais no país, dentre os quais, 800 mil vivem da atividade, mas com níveis de eficiência muito baixos, por isso, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) investirá intensamente em formação profissional rural nessa área, a exemplo do que vem fazendo Santa Catarina.
“Provamos ao mundo que temos uma agricultura eficiente, produtiva e sustentável, responsável por grandes superávits na balança comercial brasileira”, expôs a presidente. Destacou que a valorização da agricultura é uma das principais preocupações da CNA, razão pela qual prioriza a comunicação com todos os públicos através de todos os canais de difusão. Por isso, a CNA criou a campanha no exterior TIME AGRO BRASIL ancorada na figura mundialmente conhecida de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, buscando abrir novos mercados para os produtos agrícolas e pecuários brasileiros.

O evento, que ocorreu na sede da Associação Atlética e Recreativa Alfa (AARA), foi direcionado aos associados da CooperAlfa e aos dirigentes de Sindicatos Rurais da região filiados à Faesc.
Assessoria de Comunicação da FAESCwww.faesc.com.br

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