Café em debate (Estado de Minas)
Simpósio destaca as conquistas das pesquisas relacionadas com a evolução da cafeicultura mineira
Publicação: 29/08/2011 04:00
O 7º Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, realizado na semana passada em Araxá, no Alto Paranaíba mineiro, foi rico em debates sobre a cafeicultura. Os resultados de trabalhos desenvolvidos há 14 anos pelo Consórcio Pesquisa Café foram ressaltados já na abertura do evento, em foram discutidos o cenário atual e as perspectivas do agronegócio café brasileiro.
No simpósio foram apresentados dois novos serviços do consórcio: o portal na internet (www.consorciopesquisacafe. com. br) e o vídeo institucional de apresentação desse arranjo. O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, reforçou que o Consórcio Pesquisa Café, criado em 1997 por iniciativa de 10 instituições das principais regiões produtoras, é um arranjo fantástico no sentido de unir esforços e competências em prol do agronegócio café brasileiro. “Neste momento, é hora de definir focos prioritários, uma agenda estratégica para os próximos 10 anos, além de enfocar fortemente nos gargalos e investir em parcerias público-privadas.”
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, destacou a posição mineira no contexto nacional: “O agronegócio está fazendo Minas crescer cada vez mais e o café sempre foi o carro-chefe do agronegócio mineiro”.
Durante o simpósio foram apresentadas diversas palestras, além de cerca de 350 trabalhos científicos. Na palestra “Cenário mundial da cafeicultura”, o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), José Dauster Sette, apresentou dados que revelam o crescimento do consumo de café no mundo entre 2000 e 2010. O Reino Unido registrou um aumento de 2,9%. Nos EUA, o crescimento de 1,5% demonstra o bom resultado dos trabalhos com cafés especiais. O Brasil registrou crescimento de 3,8%; a Indonésia chegou a 7,2%. A Rússia teve alta de 7% no período, seguida da Austrália, com 5%; da Coreia do Sul, com 3%, e da Argélia, com 1,2%. Diante disso, Sette destacou que “os preços não devem ter impacto significativo no consumo dos mercados internacionais”. Além disso, “os picos de preços são causados por falta de estoque, não por baixa oferta do café”. O simpósio terminou na quinta-feira.
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