quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Cafeicultores brasileiros veem crise de produção na Colômbia como oportunidade



Segundo especialistas, surto de ferrugem nos cafezais Colombianos,há estimativas de alta nos preços para 2012.
 
 
 
Cafeicultores brasileiros buscam oportunidades de negóciosem meio a uma crise de produção na Colômbia, um dos principais produtores do grão no mundo. O país enfrenta um surto de ferrugem nos cafezais, afetando as projeções de safra que, de 11 milhões de sacas, caíram para cerca de sete milhões. De acordo com o analista de mercado Nelson Carvalhães, com oconsumo em alta, agricultores brasileiros estimam uma alta nos preços para 2012.
– A Colômbia não tem conseguido nos últimos anos aumentar sua produção e isso é, sem dúvida, um fato forte. Nós devemos também esperar para avaliar corretamente até que ponto isso prejudica. Por enquanto, são as primeiras informações. Agora, isso favorece o mercado brasileiro de qualidade – avalia.
No campo, o produtor fica atento a todo esse cenário tentando encontrar oportunidades. O responsável técnico da fazenda Tozan, em Campinas, São Paulo, Clóvis da Silva Nunes, aponta que no local a lavoura se desenvolve e a próxima colheita deve começar em maio. Um olhar está sobre o cafezal, para garantir uma boa safra. Outro, sobre o mercado no Brasil e noExterior, os números das bolsas, os preços futuros e o comportamento do mercado físico, para avaliar a situação atual e identificar tendências.
São 300 hectares de café arábica certificado. Neste ano, a colheita chegou a 10 mil sacas. Em 2012, deve cair pela metade, porque, segundo ele, a fazenda tem bianualidade invertida em relação à safra brasileira. Nunes se diz otimista quanto aos preços.
– A gente vê que houve uma evolução de preços desde o final de 2010. Nós vemos que o preço vai se manter, pelo menos, por algum período. É importante o momento. Temos que ficar de olho no que acontece interna e externamente, porque o café é uma commodity e sofre influências mundo afora. Temos que ter cuidado e ficar atentos a tudo o que acontece – afirma.
O valor de venda do café da propriedade neste ano variou entre R$ 400 e R$ 570 a saca. O valor médio no mercado brasileiro em 2011 ficou em torno dos R$ 450. O analista de mercado Fernando Barros explica que os problemas na safra colombiana já influenciam o mercado. E acredita em preços ainda maiores em 2012. Acima de R$ 600 por saca.
– O produtor tem que se preocupar com a lavoura dele. Se ela dará café, quanto dará. Porque houve seca de maio a setembro no Brasil, atingindo todas as lavouras. E houve um frio também. Para a venda de safra menor, tem que vender 20% para ser entregue em julho, agosto e setembro, desde que os preços estejam satisfatórios. Isso é R$ 520, R$ 550, R$ 600 acima. Mais 30% de setembro a dezembro e 50% de janeiro a maio de 2013 – pontua.
Para o analista, o cafeicultor deve aproveitar o momento de alta sem entusiasmo com os preços. A opinião é compartilhada por Nunes.
– A gente tem que ter a cautela de não se empolgar com essa evolução de preços e sair fazendo investimento de qualquer forma. O foco agora é aproveitar o bom momento do café, recuperar a lavoura e investir em tecnologia, em qualidade, para pode ter sustentabilidade na produção – opina.
CANAL RURAL
 

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